12/04/2009

Do desespero da não-inspiração!

Um branco inóspito, inatingível, longínquo, paradoxal.
Teimoso, doentio, gritante, gigante.
Inimaginável, incomum.
Puro, casto, santo...
Químico, material, cheio de nada.
Róseo, marfim, negro... Branco!
Usurpador, febril.
Lírico, espontâneo, vazio, vazio... Vazio!
Fútil, lascivo, idiossincrasia sem defeito, antologia.
Pura mediocridade!
Amargo, turvo, parvo. Dificuldade!
Horror, temor, desilusão, inversão do contrário.
Hipérbole do eufemismo. Mesóclise, próclise, ênclise, inúteis.
No transparente estão as palavras.
Neste papel aéreo, ambíguo, epílogo, etéreo...

10/04/2009

Je Me Souviens (Eu Me Lembro)

Je Me Souviens
(Lara Fabian)


Flores de lís brancas sob um céu azul de cristal

Passeios sob uma neve em forma de estrela
Folhas de bordô na cor de uma paixão fatal
Eu não esqueço nada,
Eu me lembro...

Os cheiros de uma floresta que um grande lago devora
O reflexo de uma fogueira sobre nossos rostos pálidos
Uma luz intensa por noites boreais
Eu não esqueço nada,
Eu me lembro...

Eu amo teus poemas, teu coração, tua liberdade
És a unica terra onde
minha alma pousou...

Um sotaque que ninguém conhece os segredos
Um Francês que se lança em palavras já esquecidas
Uma maneira inigualável de cantar
Eu não esqueço nada,
Eu me lembro...

Eu amo tuas blasfêmias, tua fé, tua dignidade
És como uma ilha
de onde não se pode partir...

Paisagens que misturam o mais que perfeito
Desenhos que a natureza nunca mais fará
A impressão de ter entrado no jardim da paz
Eu não esqueço nada,
E eu retornarei...



 

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